Microsoft encoraja usuários a abandonar IE6
Até mesmo os próprios criadores apoiam, de maneira não-oficial, a campanha “Morte ao IE 6”.
Dean Hachamovitch, um engenheiro da Microsoft, publicou no blog do IE, um texto que analisa os pontos que fazem alguns usuários ainda usar o browser da companhia lançado há oito anos, o Internet Explorer 6.
Ele diz que a Microsoft “quer que as pessoas atualizem suas versões do IE por segurança, performance, interoperabilidade, e mais”. Entretanto, muitos computadores não pertencem a indivíduos, e sim, a organizações, o que, segundo Hachamovitch, faz com que a participação do Internet Explorer 6 aumente no market share de navegadores.
O engenheiro cita, como exemplos, laboratórios de escola e organizações governamentais, entre outras agremiações, que não tem a prioridade de renovar a infraestrutura de TI. Isto porque o upgrade nas máquinas custaria gastos com manutenção e confrontaria com outras aplicações de negócios.
Mas nem tudo se resume a “business”. Dean Hachamovitch cita também uma pesquisa recente do Digg, que constatou que 17% dos usuários do IE6 não sentem necessidade de atualizar seus navegadores.
Segundo a medidora Net Applications, em julho, mais de um quarto dos usuários mundiais conectados à internet usou o IE 6: 27,21% do mercado de browsers, seguido pelo IE 7 com 23,09% do total.
“Como engenheiros, nós queremos que as pessoas atualizem para a versão mais recente. Nós tornamos o upgrade mais fácil possível para eles. No fim das contas, a escolha de fazer o upgrade pertence a pessoa responsável pelo PC”, escreve Dean.
A Microsoft não pode encerrar o suporte ao Internet Explorer 6, visto que o browser é entregue como parte do Windows XP e a companhia se compromete a apoiar o sistema operacional de clientes empresariais por anos.
Como resolver a questão? Hachamovitch vê como uma insistência no plano que já está em curso: a campanha de atualização. “Nós vamos continuar encorajando fortemente os usuários do Windows a fazer o upgrade para o último IE. Nós também continuamos a respeitar suas escolhas, porque o browser deles é escolha deles”, finalizou.