A Google, parece querer levar cada vez mais a sério a privacidade e segurança dos dados relativos aos utilizadores dos seus serviços, nem que seja uma consequência da crescente pressão que é alvo de algumas agências reguladoras internacionais. Essas preocupações começam naturalmente pelo serviço bandeira da empresa, (o seu motor de pesquisa) e é de salientar a importância de mecanismos que dificultem ao máximo, que terceiros possam saber aquilo que nós procuramos no Google.
Como aceder?
Simples, basta acrescentar um “s” à referência “http”, ficando o endereço https://www.google.com e poderá começar a fazer pesquisas em que todos os dados serão encriptados usando este protocolo. O serviço apenas está disponível no endereço do site principal com dominio “.com”. O que quer dizer que as localizações do serviço nos vários países como o de Portugal, não têm ainda esta vertente de segurança.
Mas que efeitos práticos tem para si?
Até agora se estivesse por exemplo numa rede local, a realizar pesquisas no motor de busca da Google, um utilizador com conhecimentos poderia ficar à escuta com ferramentas próprias para o efeitos (os conhecidos “sniffers”) e ter acesso a todas as suas tendências de pesquisa. Agora, a tarefa torna-se muito mais difícil. Claro que nenhum protocolo é inquebrável e o SSL está dentro desta premissa, mas lá que dificulta, isso de certeza absoluta.
Esta nova opção, marca o regresso da Google à designação “Beta”, que no passado marcou muitos dos seus serviços desde o Gmail, até ao Docs. Mas a Google argumenta que esta designação de maturidade desde serviço se deve a duas razões:
A primeira, é que os engenheiros da Google não querem que as pessoas se confundam em quais componentes do seu serviço na pesquisa utilizam o protocolo de segurança ou não. Isto porque para já, o protocolo não está disponível para pesquisas de Imagens e Mapas. Por isso o que acontecerá tipicamente é que se realizar uma pesquisa normal e obter um resultado com imagens e mapas referenciados pela Google, o site passa a mostrar os dados não encriptados (reverte portanto para o protocolo http).
A segunda razão prende-se por questões de desempenho, isto porque a introdução de uma camada adicional de segurança entre o utilizador e o serviço tem uma penalização na velocidade a que a pesquisa é efectuada. É perfeitamente normal já que o protocolo implica que todas as suas pesquisas sejam encriptadas quando enviadas para a google e desencriptadas do lado do serviço. Claro que para o comum dos utilizadores, a diferença será irrisória, mas para uma empresa que um dos lemas principais dos seus serviços é a velocidade, até se compreende esta decisão.
A empresa faz notar, que ao contrário que os utilizadores possam pensar, ainda continuará a recolher dados das pesquisas dos utilizadores de modo a constantemente melhorar os resultados das pesquisas e o seu serviço, constatando que esta novo serviço “apenas esconde os seus dados de pesquisa daqueles que por eles procurem.”
São estes pequenos sinais, que do nosso ponto de vista ajudam a empresa a angariar mais confiança nos seus serviços. E felizmente em vez de continuar a afirmar frases politicamente correctas, apontando que leva a privacidade de dados dos seus utilizadores a sério, passou das palavras aos actos. Google Blog.
Fonte: pplware