Estilo de vida na era digital
Hoje, tendo um simples celular nas mãos com acesso à internet, somos capazes de pesquisar hospedagens, comprar passagens, avisar os amigos e parentes qualquer informação e ainda postar fotos e vídeos durante a viagem. A tecnologia na era digital tem nos proporcionado ao longo das décadas, expandir nossos horizontes a custos cada vez mais acessíveis, possibilitando-nos trabalhar em qualquer lugar do mundo. É dessa forma que algumas pessoas tem descoberto uma nova maneira de viver, abrindo mão de seus bens pessoais e ganhando a vida através da internet pelo mundo afora.
O norte-americano Kelly Sutton é um exemplo dessa novo modelo de vida era digital. Engenheiro de software de 25 anos, vendeu quase tudo, exceto aquilo que estava relacionado ao seu trabalho, no caso, seus equipamentos de informática: “Eu tinha deixado umas dez caixas de tranqueiras com amigos em Los Angeles. No fim do verão, não lembrava o que havia nas caixas. Decidi que, se não me lembrava das coisas, provavelmente não valia a pena tê-las”, comentou Sutton.
A constante necessidade de estar viajando para Berlim (sua cidade natal) e voltar novamente para sua casa, fez Sutton deixar para trás tudo que julgava desnecessário em sua vida. Hoje, através de um blog que criou, chamado de “Cult of Less” (Culto do Menos em inglês), ele demonstra para as pessoas quais dos seus pertences tem vendido e quais deles ainda não abriu mão. Sutton diz sentir-se aliviado e mais livre após adotar a prática de livrar-se das coisas inúteis.
Para pessoas como Sutton, a simplicidade é a chave do sucesso. Elas têm descoberto que são capazes de abrir mão de quase tudo para explorar o mundo e conquistar seu espaço, unindo o prazer de viajar com a possibilidade de trabalharem naquilo que mais gostam. São fotógrafos, designers, programadores, professores, além de engenheiros de software e muitas outras profissões. É um novo estilo de vida que vêm surgindo através das gerações, nos ensinando o que realmente é essencial para viver e nos permitindo deixar para traz bens materiais que jamais nos fariam falta, e dessa forma, desfrutar de total autonomia.