ASUS nega smartbooks com processador ARM e sistema Android
Em junho deste ano a ASUS demonstrou durante a Computex, maior feira de tecnologia da Ásia e uma das mais importantes do mundo, um netbook equipado com um processador ARM rodando o sistema operacional Android, do Google.
Quer dizer, “demonstrou” em termos: a máquina estava exposta em um canto do stand, e só foi notada pelos jornalistas mais atentos. E depois que foi “descoberta” ela simplesmente desapareceu, não foi mais vista na feira e a ASUS nunca mais tocou no assunto.
Quando indagado sobre o misterioso produto o CEO da ASUS, Jerry Shen, declarou em uma recente conferência para investidores em Taiwan que a empresa “não vê um mercado claro para esta categoria de produtos”, e por isso reduziu o ritmo de projetos relacionados, segundo o site da revista PC World .
Mas segundo o site Liliputing, podem haver outros motivos. Um deles seria incerteza quanto ao sistema operacional. Com o Google desenvolvendo seu Chrome OS, a ASUS estaria hesitante em apostar suas fichas no Android (originalmente projetado para smartphones, e que precisa de considerável esforço para ser adaptado para um noteebook ou netbook) e preferindo adotar uma estratégia de “esperar para ver”.
Além disso, também haveria incerteza quanto à aceitação dos smartbooks pelo público. Os aparelhos devem ser comercializados por preços menores que os de um netbook, entre US$ 200 e US$ 300 dólares, mas seriam subsidiados e comercializados por operadoras no mesmo modelo dos smartphones, o que prenderia o usuário a um contrato de um ou dois anos com mensalidades entre 40 e 60 dólares, nos EUA. Fabricantes teriam medo de que os usuários “façam a conta” e acabem pagando um pouco mais por um aparelho “livre”.
Em recente evento para a imprensa em São Paulo, Richard Cameron, executivo da NVidia, afirmou que a empresa está em negociações com as quatro principais operadoras de telefonia celular do Brasil para trazer ao mercado, ainda neste ano, smartbooks baseados na sua plataforma Tegra, produzidos por empresas como a Foxconn e Mobinnova. Preços e datas não foram divulgados.