O gigante das ferramentas de busca Google informou estar “interessado” no acordo de buscas entre a Microsoft e o Yahoo! anunciado nesta quarta-feira, acrescentando que a concorrência é geralmente boa para os internautas.
“Há, tradicionalmente, muita concorrência na Internet, e nossa experiência é de que a concorrência traz coisas muito boas para usuários”, disse o porta-voz do Google Adam Kovakovich, por e-mail. “Estamos interessados em saber mais sobre o acordo.”
O Google firmou um acordo de publicidade com o Yahoo em junho de 2008, mas desistiu do negócio devido a objeções do Departamento de Justiça norte-americano.
Anunciantes também se opuseram ao acordo, temendo que o domínio do Google e do Yahoo! sobre o mercado poderia significar um aumento nos preços. O Yahoo! inicialmente fechou o acordo com o Google como forma que se proteger de propostas de compra de toda a empresa pela Microsoft.
A gigante da informática Microsoft e o grupo de internet Yahoo! anunciaram nesta quarta-feira (29) ter chegado a um consenso para manter aliança de uma década e avançarem na batalha de publicidade e buscas on-line contra o Google. A Microsoft tentou comprar o Yahoo! no ano passado, mas sua oferta de US$ 47,5 bilhões foi recusada.
O principal ponto do acordo, que será implementado em diversas fases, é que as duas companhias compartilharão receita. A aliança deve ser fechado no início de 2010 e a previsão é de que se mantenha efetiva até 2020.
O Yahoo! calcula que seu volume de negócio anual pode aumentar em US$ 500 milhões e que economize cerca de US$ 200 milhões em custos.
“Este acordo oferece valor ao Yahoo!, a nossos usuários e ao setor. Acho que coloca os alicerces para uma nova era de inovação e desenvolvimento na internet”, disse a diretora-executiva do Yahoo!, Carol Bartz.
Em um comunicado divulgado nesta manhã, o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, disse que “por meio deste acordo com o Yahoo!, vamos inovar nas buscas, gerar melhores valores para anunciantes e dar ao consumidor chance de escolher em um mercado atualmente dominado por apenas uma companhia”.